Bill Gates previu várias vezes uma pandemia. E sabia que o mundo não estava preparadoPor
ZAP
-
18 Março, 2020
O milionário Bill Gates, fundador da Microsoft
Embora para muitos a pandemia de coronavírus pareça ter surgido do nada, há anos algumas pessoas vêm a alertar sobre uma epidemia global e o facto de o mundo não estar preparado. Um desses casos é Bill Gates, fundador da Microsoft.
Coronavírus / Covid-19
Na altura, referiu-se ao surto como um “alerta” para investir nas capacidades para rastrear e gerir uma epidemia mortal, “porque mais epidemias ocorrerão nas próximas décadas e não há garantia de que teremos sorte da próxima vez”.
Quatro anos depois, numa conferência anual do TED, em Vancouver, Canadá, em meio à epidemia do Ébola, Gates falou sobre para a próxima doença mortal, numa palestra intitulada “O Próximo Surto? Não estamos prontos”. “Se algo matar mais de 10 milhões de pessoas nas próximas décadas, é mais provável que seja um vírus altamente infecioso do que uma guerra”, afirmou.
Segundo referiu então, esse vírus pode agir de forma a que a pessoa, já infetada, se sinta suficientemente bem para entrar em aviões ir ao mercado, prevendo um dos factores que tornam o COVID-19 tão perigoso.
Volvido um ano, em 2016, numa entrevista à BCC, Gates indicou que espera para que “uma epidemia como uma grande gripe” não ocorresse nos próximos 10 anos, devido à vulnerabilidade do mundo. As crises do Ébola e do Zika mostraram que os sistemas globais de resposta a emergências não eram suficientemente fortes.
No ano seguinte, durante a Conferência de Segurança de Munique – encontro anual sobre política de segurança internacional -, Gates começou o discurso afirmando que os “nossos mundos estão mais ligados do que a maioria das pessoas imagina”, o que isso significa que a segurança na saúde e a segurança internacional estão interligadas.
Os epidemiologistas, observou, concluíram que um agente patogénico transportado pelo ar poderia matar mais de 30 milhões de pessoas em menos de um ano, algo que poderia ocorrer nos próximos 10 a 15 anos. “Preparar-se para uma pandemia global é tão importante quanto a dissuasão nuclear ou evitar uma catástrofe climática”, sublinhou.
Em abril de 2018, numa palestra da Sociedade Médica de Massachusetts, Gates referiu que, embora a vida continue a melhorar para a maior parte do mundo, “existe uma área em que não está a progredir muito: a preparação para uma pandemia”. “Se a História nos ensinou alguma coisa, é que haverá outra pandemia global mortal”, frisou.
Gates acrescentou que o surto de Ébola em 2014 foi um alerta. “O mundo precisa se preparar para as pandemias da maneira como os militares se preparam para a guerra”, destacou. Na mesma altura, reiterou à Stat a sua preocupação.
A Fundação Bill & Melinda Gates financiou vários pesquisas voltadas para o desenvolvimento de novas vacinas para prevenir uma gripe pandémica. A fundação investiu também na Coalition for Epidemic Preparedness Innovations, uma coaligação internacional lançada em Davos em 2017, chegando mesmo a elaborar um plano para impedir o próximo surto, para o qual provou-se que não estávamos preparados.
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18 Março, 2020
O milionário Bill Gates, fundador da Microsoft
Embora para muitos a pandemia de coronavírus pareça ter surgido do nada, há anos algumas pessoas vêm a alertar sobre uma epidemia global e o facto de o mundo não estar preparado. Um desses casos é Bill Gates, fundador da Microsoft.
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Na altura, referiu-se ao surto como um “alerta” para investir nas capacidades para rastrear e gerir uma epidemia mortal, “porque mais epidemias ocorrerão nas próximas décadas e não há garantia de que teremos sorte da próxima vez”.
Quatro anos depois, numa conferência anual do TED, em Vancouver, Canadá, em meio à epidemia do Ébola, Gates falou sobre para a próxima doença mortal, numa palestra intitulada “O Próximo Surto? Não estamos prontos”. “Se algo matar mais de 10 milhões de pessoas nas próximas décadas, é mais provável que seja um vírus altamente infecioso do que uma guerra”, afirmou.
Segundo referiu então, esse vírus pode agir de forma a que a pessoa, já infetada, se sinta suficientemente bem para entrar em aviões ir ao mercado, prevendo um dos factores que tornam o COVID-19 tão perigoso.
Volvido um ano, em 2016, numa entrevista à BCC, Gates indicou que espera para que “uma epidemia como uma grande gripe” não ocorresse nos próximos 10 anos, devido à vulnerabilidade do mundo. As crises do Ébola e do Zika mostraram que os sistemas globais de resposta a emergências não eram suficientemente fortes.
No ano seguinte, durante a Conferência de Segurança de Munique – encontro anual sobre política de segurança internacional -, Gates começou o discurso afirmando que os “nossos mundos estão mais ligados do que a maioria das pessoas imagina”, o que isso significa que a segurança na saúde e a segurança internacional estão interligadas.
Os epidemiologistas, observou, concluíram que um agente patogénico transportado pelo ar poderia matar mais de 30 milhões de pessoas em menos de um ano, algo que poderia ocorrer nos próximos 10 a 15 anos. “Preparar-se para uma pandemia global é tão importante quanto a dissuasão nuclear ou evitar uma catástrofe climática”, sublinhou.
Em abril de 2018, numa palestra da Sociedade Médica de Massachusetts, Gates referiu que, embora a vida continue a melhorar para a maior parte do mundo, “existe uma área em que não está a progredir muito: a preparação para uma pandemia”. “Se a História nos ensinou alguma coisa, é que haverá outra pandemia global mortal”, frisou.
Gates acrescentou que o surto de Ébola em 2014 foi um alerta. “O mundo precisa se preparar para as pandemias da maneira como os militares se preparam para a guerra”, destacou. Na mesma altura, reiterou à Stat a sua preocupação.
A Fundação Bill & Melinda Gates financiou vários pesquisas voltadas para o desenvolvimento de novas vacinas para prevenir uma gripe pandémica. A fundação investiu também na Coalition for Epidemic Preparedness Innovations, uma coaligação internacional lançada em Davos em 2017, chegando mesmo a elaborar um plano para impedir o próximo surto, para o qual provou-se que não estávamos preparados.